14 de junho de 2012,
em UAV,
por Guilherme Poggio
Ele foi desenvolvido com apoio de Irã, Rússia e China e deve ser exportado
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, exibiu nesta quarta-feira (13) o primeiro
avião
não tripulado – para uso civil e militar – fabricado na Venezuela, com o
apoio de Irã, Rússia e China, destacando que já prevê sua exportação,
ao lado de outras armas de fabricação nacional.
É “um dos três
aviões
que já fabricamos aqui e vamos seguir fabricando (…) e não apenas para
uso militar, mas também para emprego civil”, disse Chávez durante
reunião com comandantes no ministério da Defesa.
Os aviões não tripulados (drones) foram desenvolvidos com a
ajuda de “Rússia, China, Irã e outros países aliados”, revelou Chávez,
que
atualmente se recupera do tratamento de radioterapia contra um câncer.
O presidente citou ainda o progresso da construção da fábrica de
fuzis AK103, com o apoio da Rússia, que deve produzir 25 mil armas e até
70 milhões de balas ao ano. “É um direito nosso, que não teríamos se
fôssemos uma colônia, mas somos um país livre e independente”.
O general Julio Morales, presidente da Companhia Anônima Venezuelana
de Indústrias Militares (Cavim), precisou que o drone “não transporta
armamento”, tem raio de ação de 100 km, “autonomia de voo de 90 minutos e
pode atingir uma altitude de 3.000 metros”.
Segundo Morales, é “um sistema de aviões não tripulados
exclusivamente para defesa” com “função de reconhecimento”, que pode ser
utilizado para “trabalho de vigilância de tubulações, florestas,
estradas, diques e qualquer outra estrutura”.
O drone foi montado com peças fabricadas na Venezuela sob a orientação de engenheiros militares capacitados no Irã.
O avião tem 4 metros de envergadura por 3 metros de comprimento, e
pode transmitir em tempo real e simultaneamente fotos e vídeos de
observação, incluindo “imagens noturnas” em um futuro próximo, destacou
Morales.
http://www.aereo.jor.br/tag/uav/
E NÃO TERMINA POR AÍ!!!
A
Avibras está concluindo a integração completa do primeiro protótipo do
veículo aéreo não tripulado (Vant) Falcão, que estará preparado para
voar até julho. O Falcão é o primeiro Vant nacional na classe de 800
quilos, usado em missões de vigilância, reconhecimento e patrulha.
O gerente do projeto na Avibras, Renato Bastos Tovar, explica que a
plataforma do Falcão é feita em fibra de carbono, que garante maior
leveza ao veículo e aumenta o espaço para que ele possa carregar mais
combustível e sensores.
Com mais de 15 horas de autonomia, o Falcão está configurado para
carregar um equipamento eletro-óptico (tira fotos e faz filmagem de alta
qualidade, tanto durante o dia quanto à noite), um radar de detecção de
alvos móveis no solo e um link de satélites, com alcance de até 1.500
km”, explica o engenheiro.
O sistema de gerenciamento de vídeo a bordo do veículo, segundo
Tovar, está sendo desenvolvido pela empresa Easystech, que também conta
com financiamento da Finep. “O Falcão é o único Vant na classe de 800
quilos capaz de levar essa carga útil, de aproximadamente 150 quilos”,
ressaltou.
O Falcão, segundo Tovar, já consumiu investimentos de R$ 60 milhões e
conta com o apoio das três Forças Armadas e também da Finep. O
executivo afirmou que a eletrônica de bordo do Vant, assim como a parte
de sistemas de navegação e controle, a plataforma e a integração dos
sistemas de missão da aeronave são 100% nacional.
A Avibras, de acordo com o coordenador, aguarda para este ano que as
Forças Armadas definam os requisitos dos Vants que pretendem comprar
para poder iniciar a fase de industrialização do projeto, testes de
comprovação de requisitos e certificação. “Já temos uma sinalização
forte, por parte de uma das Forças Armadas, de que o Falcão seria a
escolha preferencial para as missões de patrulha e reconhecimento”,
garantiu o executivo.
Recentemente, segundo ele, a Avibras recebeu a visita de
representantes das três Forças Armadas em sua fábrica de Jacareí, no
Vale do Paraíba (SP). A empresa também já foi consultada informalmente
sobre as características do veículo, estimativa de investimentos e
prazos para a produção do primeiro lote de Vants.
O desenvolvimento dessas aeronaves não tripuladas integra a lista de
prioridades da nova política de defesa nacional do governo. A licitação
para a compra dos veículos pelas Forças Armadas ainda não foi lançada
mas, de acordo com Tovar, existe a intenção de se adquirir três tipos de
equipamentos: os chamados mini-Vants, de 3 a 5 quilos e até 5
quilômetros de alcance, para reconhecimento de curta distância; os Vants
de 800 quilos e entre 15 e 20 horas de operação, para reconhecimento,
vigilância e patrulha; e os Vants estratégicos, acima de 1,5 tonelada,
para missões de longa duração (mais de 20 horas).
FONTE: Valor Econômico, via Notimp